terça-feira, 13 de julho de 2010

Eletronuclear revela acidente radioativo em Angra 2! (10 dias depois)


Ativistas do Greenpeace instalam balsa flutuante com quatro turbinas eólicas simbólicas em frente às usinas nucleares de Angra dos Reis (RJ) para protestar contra os investimentos do governo brasileiro na construção de Angra 3, enquanto o potencial eólico do país é desprezado.

São Paulo — Vazamento na usina de Angra dos Reis contamina três funcionários, mas é considerado ‘leve’ pela estatal
Um vazamento radioativo ocorrido em 15 de maio na usina nuclear Angra 2 só foi divulgado no dia 26/05 pela Eletronuclear, estatal que gerencia o setor. Três funcionários foram contaminados e estão em observação. A Eletronuclear afirmou em comunicado que o vazamento do material radioativo de Angra 2 foi classificado como nível 1 (o mais baixo) e por isso não há necessidade de ações reparadoras.

“O acidente em Angra 2 serve para ilustrar a incoerência de se ter no Brasil um mesmo órgão – a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) – responsável pela promoção e fiscalização da energia nuclear no país”, afirma Sérgio Leitão, diretor de Campanhas do Greenpeace.

“E o fato da Eletronuclear divulgar o vazamento apenas 10 dias após o ocorrido é prova clara de que o setor nuclear no Brasil é cercado de mistério, graças à sua herança militar.”

Em julho passado, duas usinas nucleares francesas tiveram vazamento de material radioativo, o que contaminou rios e prejudicou o abastecimento de água potável de algumas cidades.

Falhas de segurança foram apontadas em projetos de usinas na França e na Finlândia, inclusive em reatores considerados os mais modernos da atualidade, o EPR – que a estatal francesa Areva quer vender para o Brasil.

Fonte : http://www.alerta-radioatividade.com

"AIEA Acha contaminação nuclear rara na Coréia do Norte"

G1 Jornal On-line da Globo , 01/08/2007 - 19h12m



Por Mark Heinrich

"VIENA (Reuters) - Monitores da ONU disseram na quarta-feira ter encontrado uma contaminação radiativa acima do normal no complexo nuclear norte-coreano de Yongbyon, levando a um atraso na verificação da desativação do local, mas que o problema já foi superado.

Os monitores falaram ao voltar a Viena, sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), depois de serem substituídos no fim de semana pela equipe que prosseguirá na tarefa de observar Yongbyon, enquanto cinco potências negociam o desarmamento nuclear definitivo da Coréia do Norte.

O primeiro grupo de monitores disse na terça-feira em Pequim que a Coréia do Norte deu plena cooperação à sua missão, permitindo a verificação do fechamento de Yongbyon, onde é produzido combustível de plutônio apto para o uso em armas.

"Bem no começo, quando começamos a trabalhar [em 14 de julho], a contaminação estava um pouco mais alta do que o esperado, um pouco mais que o normal", disse Adel Tolba, diretor do primeiro grupo de monitores, na quarta-feira no aeroporto de Viena.

"[Então] houve um adiamento. Tomou-nos um pouco de tempo até que limpássemos tudo, mas agora está tudo consertado", afirmou ele a jornalistas.

Segundo Tolba, a instalação de câmeras e de outros equipamentos de vigilância em Yongbyon já está de volta aos prazos.

Ele não explicou a razão para a contaminação nuclear acima do previsto. O reator de 5 megawatts e a respectiva fábrica de reprocessamento de combustível usado se baseiam num antiquado projeto soviético.

"Trata-se apenas de uma questão de radiação e segurança, não de não-proliferação [de armas nucleares]," disse um importante diplomata em Viena ligado às operações da AIEA na Coréia do Norte.

Tolba não quis comentar o estado das instalações nucleares norte-coreana. Questões mais importantes, como esta, devem ficar para o relatório sobre a Coréia do Norte a ser entregue até setembro pelo diretor da AIEA, Mohammed El Baradei.

Um acordo deste ano envolvendo Coréia do Norte, Estados Unidos, China, Rússia, Japão e Coréia do Sul estipulou o fechamento de Yongbyon em troca de ajuda energética ao Estado stalinista."
(Reportagem adicional de John Ruwitch em Manila)

Fonte : G1 : http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1601082-5602,00-AIEA+ACHA+CONTAMINACAO+NUCLEAR+RARA+NA+COREIA+DO+NORTE.html

Bomba de nêutrons .

. Núcleo de uma Bomba atômica

A bomba de nêutrons é a última variante da bomba atômica. Em geral, é um dispositivo termonuclear pequeno, com corpo de níquel ou cromo, onde os nêutrons gerados na reação de fusão intencionalmente não são absorvidos pelo interior da bomba, mas se permite que escapem. As emanações de raios-X e de nêutrons de alta energia são seu principal mecanismo destrutivo. Os nêutrons são mais penetrantes que outros tipos de radiação, de tal forma que muitos materiais de proteção que bloqueiam raios gama são pouco eficientes contra eles. A bomba de nêutrons tem ação destrutiva apenas sobre organismos vivos, mantendo, por exemplo, a estrutura de uma cidade intacta. Isso pode representar uma vantagem militar, visto que existe a possibilidade de se eliminar os inimigos e apoderar-se de seus recursos.

A explosão:

A explosão consiste em uma onda de choque que se espalha na forma de uma esfera com raio crescente. Esta onda de choque nada mais é do que uma oscilação da pressão do ar, ou seja, um aumento seguido de uma diminuição, ambos muitos rápidos. Por exemplo, a uma distância de 1 km, uma explosão de uma bomba atômica (fissão nuclear) de 20 kiloton provoca uma variação na pressão da ordem de uma atmosfera. Isso é suficiente para destruir construções de concreto, como casas e prédios. Uma bomba termonuclear (fusão nuclear), pode chegar a até 10 megaton (= 10.000 kiloton). 1 kiloton significa 1.000 toneladas de explosivo TNT (trinitro-tolueno), o que equivale a 1012 calorias, ou 4.184 × 1012 J de energia. A densidade de energia que a onda de choque carrega diminui com o inverso do quadrado da distância (1/r²), por um fator puramente geométrico. A 2 km de distância, a mesma bomba atômica provoca uma onda de choque com uma variação de 0,25 atmosferas, o que é suficiente para destruir casas de madeiras e atirar escombros a mais de 360 km/h.

A radiação térmica:

O outro efeito destruidor das armas nucleares é o calor que ela libera. Este, porém sofre mais diminuição do que a onda de choque. Pois além do fator geométrico 1/r² ainda há a absorção e espalhamento da radiação térmica pelo meio. Mesmo assim, a 2 km de distância, uma bomba atômica de 20 kilotons ainda provoca queimaduras de terceiro grau nas pessoas e é capaz de incendiar materiais inflamáveis como madeira e tecidos. No local da explosão, a bola de fogo se forma tão rapidamente que provoca ventos de 180 a 360 km/h, o que espalha mais ainda o incêndio causado. Este efeito não é uma exclusividade das bombas nucleares. Estas apenas têm uma maior intensidade. Novamente, para se ter uma idéia, com uma única bomba termonuclear (fusão nuclear) é possível, considerando os dois efeitos já descritos, destruir completamente uma área circular com raio de 10 km. Com uma explosão nuclear, nêutrons e radiação g são emitidos. Ambos decrescem com 1/r2 e a distância na qual são letais é a mesma para as ondas de choque e térmica. Os efeitos desta radiação são o aparecimento de várias doenças, como tipos variados de câncer e modificações genéticas. Estas modificações se devem a troca das bases nitrogenadas na seqüência da molécula do DNA (ácido desoxirribonucléico).


A radiação nuclear direta:


Um outro efeito exclusivo de bombas atômica é devido aos elementos radioativos que são liberados na explosão. Eles são vaporizados devido ao calor liberado e vão para a atmosfera formando nuvens carregadas com elementos radiativos, as chamadas nuvens radiativas. Estas podem circular durante anos. Nas chuvas, estes elementos caem se infiltrando no solo, entrando em contato com o lençol freático. Quando essa água é absorvida pela vegetação, os elementos radiativos vão junto. Em seguida esses elementos podem chegar ao organismo do homem de várias maneiras diferentes. Uma delas é o homem ingerir diretamente alimentos vegetais contaminados. Outra, é o homem comer carne de animais que se alimentavam de vegetação contaminada. Uma vez os elementos estando no corpo humano, ele vai se acumulando, pois não é liberado. Cada elemento pode ter um efeito danoso particular. O 90Sr (estrôncio) por exemplo é muito similar ao cálcio. Devido a isso, ele se acumula facilmente no tecido ósseo do corpo humano. Assim, a pessoa fica com o esqueleto extremamente fraco e debilitado, podendo quebrar algum osso muito facilmente, além de ficar muito propenso a ter câncer nesses tecidos. Eliminando o material físsil de uma bomba termonuclear, é possível fazer uma bomba com uma explosão limpa, que não provocará chuva radioativa no futuro, e seus efeitos nocivos.


A radiação nuclear indireta:


Podemos ainda citar outro efeito exclusivo de bombas nucleares. Além da radiação g, há uma grande emissão de raios X. Essas duas radiações interagem com as moléculas da atmosfera (por efeito Compton e ionização) criando uma grande corrente de elétrons que se espalha a partir do ponto de explosão. Estes elétrons são acelerados pelo campo magnético da Terra gerando ondas eletromagnéticas na forma de um pulso. Tal pulso pode gerar um colapso na rede elétrica de uma cidade impossibilitando qualquer uso de energia elétrica. Esse é o chamado efeito PEM (pulso eletromagnético). Agradecimentos : http://pt.wikipedia.org/wiki/Bomba_de_n%C3%AAutrons

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Vamos Falar De Energia Nuclear


Energia nuclear consiste no uso controlado das reações nucleares para a obtenção de energia para realizar movimento, calor e geração de eletricidade. Alguns isótopos de certos elementos apresentam a capacidade de, através de reações nucleares, emitirem energia durante o processo. Baseia-se no princípio (demonstrado por Albert Einstein) que nas reações nucleares ocorre uma transformação de massa em energia. A reação nuclear é a modificação da composição do núcleo atômico de um elemento, podendo transformar-se em outro ou em outros elementos. Esse processo ocorre espontaneamente em alguns elementos; em outros deve-se provocar a reação mediante técnicas de bombardeamento de nêutrons ou outras. Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais partículas, e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem para produzir um novo núcleo. A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coreia do Norte, Paquistão e Índia, entre outros. A principal vantagem da energia nuclear obtida por fissão é a não utilização de combustíveis fósseis, não lançando na atmosfera gases tóxicos, e não sendo responsável pelo aumento do efeito estufa.

Os fatos históricos demonstram que as centrais nucleares foram projetadas para uso duplo: civil e militar. A primazia na produção de plutônio nestas centrais propiciou o surgimento de grandes quantidades de resíduos radioativos de longa vida que devem ser enterrados convenientemente, sob fortes medidas de segurança, para evitar a contaminação radioativa do meio ambiente. Atualmente os movimentos ecológicos têm pressionado as entidades governamentais para a erradicação das usinas termonucleares, por entenderem que são uma fonte perigosa de contaminação do meio ambiente.

As novas gerações de centrais nucleares utilizam o tório como fonte de combustível adicional para a produção de energia ou decompõem os resíduos nucleares em um novo ciclo denominado fissão assistida. Os defensores da utilização da energia nuclear como fonte energética consideram que estes processos são, atualmente, as únicas alternativas viáveis para suprir a crescente demanda mundial por energia ante a futura escassez dos combustíveis fósseis. Consideram a utilização da energia nuclear como a mais limpa das existentes atualmente.

Saiba Mais.

O Que é uma Usina Nuclear

Uma Usina Nuclear é uma instalação industrial empregada para produzir eletricidade a partir de energia nuclear, que se caracteriza pelo uso de materiais radioativos que através de uma reação nuclear produzem calor. Este calor é empregado por um ciclo termodinâmico convencional para mover um alternador e produzir energia elétrica.
As centrais nucleares apresentam um ou mais reatores, que são compartimentos impermeáveis à radiação, em cujo interior estão colocados barras ou outras configurações geométricas de minerais com algum elemento radioativo (em geral o urânio). No processo de decomposição radioativa, se estabelece uma reação em cadeia que é sustentada e moderada mediante o uso de elementos auxiliares, dependendo do tipo de tecnologia empregada.

Acidente nuclear

As instalações nucleares são construções muito complexas devido as diversas tecnologias industriais empregadas, e devido ao elevado grau de segurança que é adotado. As reações nucleares, por suas características, são altamente perigosas. A perda do controle durante o processo pode elevar a temperatura a um valor que leve a fusão do reator, e/ou ocorrer vazamento de radiações nocivas para o exterior, comprometendo a saúde dos seres vivos.

Lixo nuclear

A energia nuclear além de produzir uma grande quantidade de energia elétrica também produz resíduos nucleares que devem ser isolados em depósitos impermeáveis durante longo tempo. Por outro lado, os reatores das centrais nucleares não produzem gases tóxicos, que é a característica da combustão dos combustíveis fósseis.